Muitos se perguntam onde estão os limites entre as brincadeiras e o Bullying? Eles simplesmente não existem, uma vez que são extremos, e diferentes. Há tamanha diferença entre uma brincadeira de bola e fazer de um colega a "bola", seja por ofendê-lo ao se referir ao seu peso, ou por jogarem ele de um lado para outro, e em cada mão que a bola para, ganha uma agressão, seja ela verbal ou física. E nesses momentos a sociedade se torna arquiteta de monstros, tanto pelos agressores que já desenvolvem essa habilidade logo cedo, tanto pela vítima, que de tanto ser feita de bola, um dia estoura. E cresce em si uma sede incontrolável de vingança e as consequencias serão desagradavéis, assim como o massacre que ocorreu no Rio de Janeiro, que foi cometido por Wellington.
Mas com a popularização do Bullying, qualquer apelido, ainda que sem intenção, é chamado de agressão, muitas vezes a "vítima" não se importa e até se diverte. E aí reside um ponto negativo: perde-se a intimidade entre os jovens. O Bullying só ocorre quando alguém é friamente agredido e humilhado e no fundo, não é só a vítima que necessita de apoio psicólogico, o agressor necessita do dobro. Por que muitas vezes a nomenclatura "valentão" é só fachada, para camuflar um doente, uma pessoa carente de afeto, que por trás da carapaça é apenas uma alma imatura, que precisa do tratamento enquanto é tempo.