quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PRIMEIRO LUGAR - GOIÁS NA PONTA DO LÁPIS.

Essa postagem é sem sombra de dúvidas, uma das mais especiais deste blog. Pois representa muito além de um primeiro lugar ou um prêmio, a minha satisfação com a escrita. E o desejo de não abandona - la, apesar das dificuldades, de não escolher uma profissão apenas pela realização no lado financeiro, mas também valorizar a satisfação pessoal. E naquele momento, quando escutei, da voz daquele belo rapaz o meu nome e o primeiro lugar, as lágrimas foram inevitáveis, e não teve nada mais gratificante do que sentir o abraço apertado do meu pai. Ele não disse nada, ficou sem palavras, mas aquele gesto me tocou. Foi muito mais que um prêmio, eu nem consigo explicar.
 Meu pai teve uma parcela enorme na minha graduação, mas ele é matemático e como tal não se dá bem com as letras, e o auxílio veio da professora Mara, que sempre elogiava meus textos, mas me corrigia quando necessário. Confesso que enfurecida, sempre achava ruim quando não tirava nota máxima, me achando dona da razão. Mas sei que aqueles décimos que perdi por ter empregado a pessoa errada num texto produzido no inicío deste ano foram a minha glória de hoje! Desde pequena, preferia ler do que praticar esportes, na Educação Física, a Professora Lisiane sempre me dizia para ir brincar, mas eu preferia ler. Era a minha diversão. E hoje é mais que isso! Nada seria de mim, sem as palavras, as letras e me maravilho com este mundo maravilhoso. Agradeço a cima de tudo, meus professores por terem contribuido para meu conhecimento.
Agora, apresentarei a vocês o tal texto que me rendeu a premiação, com muito orgulho!

DE BRAÇOS ABERTOS

  Desde o inicío dos anos 1960, ou até mesmo antes, ela domina. Domina e consegue se manter no poder por agradar a todos, por chegar de mansinho e já proporcionar um êxtase exarcebado, que livra das preocupações da vida e que proporciona refúgio. Por tudo isso, o nome deveria ser mais agradável, mas como não está em questão, seu nome é Droga, esse sentimento negativo que o nome nos proporciona se deve ao fato do pós - efeito, toda a maravilha inicialmente proporcionada é falácia, o efeito passa, a realidade vem a tona e o desejo de um replay é grande. Viciados, dominados e influenciados estão inúmeros jovens, que não mais respondem por suas ações, que revoltados com a realidade ficam violentos e dispostos a tudo para retornar a felicidade ilusória.
  Do Chuí ao Oiapoque, ela atua destruindo lares, sua presença é sempre notada, mas um problema de tamanha dimensão deve começar a ser aniquilado pelo que se encontra a nossa volta para só assim, seu raio de extensão cobrir todo o território, o município, o estado, o país, sonhando mais alto, quem sabe o planeta. Difícil, mas não impossível, o único impedimento são aquelas pessoas que acreditam estar fora do problema e insentas de responsabilidade. Imagine só, um estado inteiro sem drogas, não apenas as propriamente ditas, mas também aquelas que se igualam a tal, sendo plenamente maléficas para a população envolvida, a droga da saúde, a droga da educação, a droga da desigualdade, a droga da corrupçaõ e por fim a droga da individualidade, pois é a mesma que nos impede de pensar no melhor para todos, que nos aprisiona em quatro paredes quando temos o nosso Goiás de aproximadamente 340.086 km² para percorrer e imunizar contra tudo aquilo que é considerado vicío.
  Mas antes de resolver todos os problemas dos nosso Estado devemos salvar nossos jovens das drogas para que eles possam ser o futuro próspero do amanhã, e a responsabilidade não é só do governo, não é só de uma mãe aflita, é de todos nós. De nada adianta a conscientização, pois isso não fará um viciado deixar sua fonte de prazer, seria utopia pensar numa resolução tão simplista, é preciso os braços fortes de todos nós, goianos, para tirarmos nosso estado da mira dessa epidemia, mostrar aos jovens o quanto eles têm a ofereçer, só eles reverteriam tal situação.
  Dotados de conformismo, cruzamos os braços diante de tal situação e com isso perdemos cada vez mais jovens para a tal sedutora e isso só ocorre pelo nosso posicionamento, enquanto deveríamos estar de braços abertos para um jovem perdido, uma mãe aflita e para todo o problema, fingimos que não é conosco e continuamos nesse abismo, esquecendo - se que o único homem digno e puro, morreu de braços abertos. E é por isso que queremos um Goiás de braços abertos para salvar nossos jovens, porque se o Goiás é nosso, se o local público é nosso, se o governo é nosso, os jovens tambem devem ser, para representar o nosso futuro próspero.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aceitar-se para depois ser aceito.

  Desiludidos com a vida real, muitas pessoas se camuflam em jogos e até redes sociais, pois essas feramentas permitem a troca de "avatar", para assim parecerem fortes e equilibrados, quando no fundo é apenas uma pessoa comum, dotada de insatisfação com a própria vida. Esse mecanismo que permite as pessoas se camuflarem e serem o que desejarem, acaba por abrir as portas para pessoas de má fé. Nunca se sabe, ao certo, se essas informações são verídicas, e é por isso que vivemos na incerteza, sem saber onde realmente estamos pisando.
  Jogos como o Second Life permite ao jogador criar uma projeção de si mesmo, os chamados "avatares", os quais deveriam ser a imagem e semelhança do dono, mas acabam por ser o que se queria ser. No mundo dos avatares não existe baixa autoestima, todos podem ser fortes, atraentes e rodeados de amigos. Além dos sentimentos, eles também podem camuflar a aparência física, o rosto perfeito, os olhos claros e o cabelo liso, seguindo padrões de beleza impostos pela sociedade. Tudo é possível!
  Dentro desse campo de possibilidades, não existe a desigualdade, pessoas vistas como antissociais passam a ser populares, um negro pode ser loiro e sim acabar sendo aceito pela sociedade. Ao mesmo tempo que é bom para uma pessoa ser aceita, é ruim vermos o rumo que nossa sociedade tomou, pois é preconceituosa, mesquinha, individualista. É inaceitável termos que nos camuflar, nos projetar para sermos aceitos e o pior, aceitarmos essa situação, felizes pelo "avatar" fazer sucesso, pois é ele, algo fictício e não o que realmente somos.
  Cobain, em vida, afirmou que:"Antes de ser odiado pelo que sou, do que ser amado pelo que não sou." E no fundo ninguém se transforma no que se quer ser é no que a sociedade quis que fosse, é a partir dos padrões que a sociedade nos impõe, que nos tornamos servos dela. É como se fôssemos animais que se camuflam para a defesa do inimigo. Engana - se quem pensa que a felicidade plena é tornar no que se quer ser por instantes e apenas na internet, mas é o amor - próprio, pelo que verdadeiramente é e não se curvar diante da sociedade. É se aceitar para depois ser aceito!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quero ouvir a sua voz!

  Aos olhos da ótica consumista, minha cidade deu um grande passo em seu progresso com a construção de um shopping. Mais uma opção de lazer, lojas, cinema, comida! É inegável o quanto isso foi almejado e esperado, ao mesmo tempo que substituiu uma discussão que abalava todos os habitantes: o fechamento de um hospital. Será mesmo, o shopping um salto tão grande?
  Pessoas que frequentarão, ao mesmo tempo que consumirão, são as mesmas que terão poder aquisitivo para deslocar - se até a cidade mais próxima para ir até o hospital. Enquanto isso aquelas que não possuem a mesma extensão do saldo bancário olharão, de boca aberta as outras comerem, sairão de mão abanando e ficarão na fila do Centro Médico horas, se é que resistiriam e não partiriam dessa para melhor. Foi um salto sim, na concentração de renda.
  Me sinto ameaçada com o fechamento do antigo Hospital Ana Isabel de Carvalho, pelas cirurgias renais períodicas que realizava nesse estabelecimento. E agora, para onde irei? Pro shopping? Não estou criticando a excêlencia do projeto e sim a ganância política em exibir obras grandiosas para mascarar os problemas da sociedade, sufocando a sua voz e acabamos por nos contentar com o pouco, muito menor do que realmente merecíamos!
  Queríamos o shopping e ainda queremos o hospital, não é uma troca, são os dois. Não queremos só lazer! Queremos o pacote inteiro: arte, comida, diversão, saúde, educação, emprego e moradia. Nos tornamos dependentes do Estado sim, mas os impostos absurdos nos sugam o poder aquisitivo. A crítica não é para prefeitura é para os governos estaduais e municipais, e principalmente para a população, que de tão alienada, se contenta com o pouco, vê o progresso para todos, quando poucos são beneficiados e não lutam por seus direitos. Cadê a sua voz, população? Saia da letargia, da rouquidão.