Pessoas que frequentarão, ao mesmo tempo que consumirão, são as mesmas que terão poder aquisitivo para deslocar - se até a cidade mais próxima para ir até o hospital. Enquanto isso aquelas que não possuem a mesma extensão do saldo bancário olharão, de boca aberta as outras comerem, sairão de mão abanando e ficarão na fila do Centro Médico horas, se é que resistiriam e não partiriam dessa para melhor. Foi um salto sim, na concentração de renda.
Me sinto ameaçada com o fechamento do antigo Hospital Ana Isabel de Carvalho, pelas cirurgias renais períodicas que realizava nesse estabelecimento. E agora, para onde irei? Pro shopping? Não estou criticando a excêlencia do projeto e sim a ganância política em exibir obras grandiosas para mascarar os problemas da sociedade, sufocando a sua voz e acabamos por nos contentar com o pouco, muito menor do que realmente merecíamos!
Queríamos o shopping e ainda queremos o hospital, não é uma troca, são os dois. Não queremos só lazer! Queremos o pacote inteiro: arte, comida, diversão, saúde, educação, emprego e moradia. Nos tornamos dependentes do Estado sim, mas os impostos absurdos nos sugam o poder aquisitivo. A crítica não é para prefeitura é para os governos estaduais e municipais, e principalmente para a população, que de tão alienada, se contenta com o pouco, vê o progresso para todos, quando poucos são beneficiados e não lutam por seus direitos. Cadê a sua voz, população? Saia da letargia, da rouquidão.
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