segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um minuto, mas de justiça!


 O que leva um jovem pegar uma arma e sair de casa com a intenção de matar? Com certeza todos estão se perguntando a mesma coisa. Terá esse ato uma justificativa convincente? Quantas vidas desperdiçadas, o futuro tão alemejado que não chegou. Você está na escola, trabalhando na construção de seus conhecimentos e ali mesmo tudo acaba, a construção de repente se desaba e não há mais saída.
Realmente a mente de Wellington foi doentia e cruel, mas o que fez essa força ter uma intensidade enorme?   A sociedade foi a principal arquiteta dessa mente produtora de um massacre. O assasino sofreu bullying, foi alvo de inúmeras piadas, lançado na lixeira e ainda não tinha uma herança genética das melhores, sua mãe era esquizofrênica. O que se esperar de uma criança assim? Que cresça feliz, com um sorriso no rosto e que obtenha um futuro próspero?  Infelizmente aí reside uma piada, uma criança com tantos problemas precisava de ajuda, os colegas o pegaram no colo sim, mas para atirar numa lixeira, quanta humilhação! As pessoas ao redor de uma criança são responsáveis pela construção de sua personalidade, Wellington não cresceu ao lado das pessoas certas, e isso resultou na sua mente doentia.
 Falando isso, até pareçe que dou razão para todos os assasinos, mas não é isso, apenas defendo a tese de que para uma criança obter prodigio ela deve crescer rodeada de amor, atenção e carinho. Wellington foi protagonista desse crime, mas quem o corrompeu foi a sociedade. E é essa mesma sociedade que pede um minuto de silêncio. Será que não nos mantivemos calados durante muito tempo? Em um minuto pode ser dita várias vezes a palavra justiça, mas além de palavras, o que importa é a ação. É evidente que Wellington não possa ser preso, uma vez que partiu dessa para melhor, e muitas pessoas ainda acreditam que ele merecia um castigo pior, mas ele será julgado pela justiça divina e esta não tem manipuladores, esta não falha. Ele não pode ser preso, mas a sociedade que o fez permanece viva, construindo mais monstros. Não se cale, nem por um minuto, diante dessa sociedade, não cruze os braços diante dessa realidade. Não se intimide jamais!
 Esses adolescentes, que Deus os tenha, passaram a vida inteira construindo seus sonhos e dando seu sangue por eles, como se enchessem um balão quase sem fôlego, mas com muito custo conseguem, e quando vão por ele para voar, adquirir vida e liberdade, alguém vem e estoura. E não adianta chorar como bebê, a mamãe não vai comprar outro, junto com o balão estourado vão todos seus sonhos, até mesmo a vida, que aquela criança traquina estourou.

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