terça-feira, 3 de maio de 2011

O abismo em que vivemos.

Cresci ouvindo minha mãe me alertar quanto a certas influências que poderiam haver a todo instante, sendo essas as causas de conseqüências desagradáveis, hoje com todos meus conhecimentos adquiridos ao longo da minha vida escolar vejo que a influência é falácia, que com o claro efeito de iludir, persuadir e enganar tenta e acaba conseguindo ser responsável por boa parte da ação dos indivíduos. Quaisquer que seja sua fonte seja ela a mídia, a família, a religião, nenhuma delas tem fundo positivo e como já dizia Oscar Wilde "Influência boa não existe."
Constantemente nos vimos nessa situação, muitas vezes não nos damos conta que a vivenciamos, essa inconsciência é decorrente do estado de alienação que nos encontramos. Sabendo que uma pessoa alienada tem menor capacidade em pensar e agir por si própria, a influência cumpre seu poder de autoridade com relativa facilidade, de maneira habitual, aliás tudo é normal para alguém alienado, que não se posiciona diante da realidade, que vivem no abismo sem saber o que efetivamente é ou deixa de ser, cercando - se de si mesmo, sendo sua própria negação.
Enquanto isso, a influência deita e rola presente em todos os sentidos e ângulos e melhor ainda sem gastar muita energia, uma vez que o indivíduo se encontra num estado que facilita sua ação. As pessoas se deixam influenciar no seu dia - a - dia pela mídia que constrói a sociedade, atualmente chamada de sociedade de consumo e que tem total poder sobre os indivíduos, a sociedade cria cidadãos alienados e quando eles atingem maturidade ficam vulneráveis a qualquer tipo de influência. A culpa não é, em suma, desse poder que  a influência tem, ele existiria de qualquer maneira, o problema é sua intensidade, que se torna cada vez maior,  por que nos encontramos na alienação, e é só por causa desse estado que absorvermos essa preponderância sem ânsia de vômito. No nosso estado normal, dotados de pensamento reflexivo, jamais seriamos alienados, consequentemente a influência perderia seu poder, ao entrar em contato com esse tipo de situação teríamos aversão a esse estado, que nos controla e o controle é insuportável para qualquer ser, até mesmo quando crianças, não obedecemos ordens dadas pela família, gostamos da autonomia, mas não a exercemos no pensamento, justo nós que nos consideramos senhores de nossa razão, sem saber que a fonte dessa razão ilusória é a mídia, é a sociedade, é a família, é a religião.
 E continuaremos caminhando nesse abismo, por que ele é sem fim, infelizmente é utopia pensar que sairemos desse estado, um adulto não tem consciência do poder da alienação e como ele é parte da sociedade que tem controle sobre as futuras gerações, vai sendo passado uma a outra, num ciclo que não se renova. Dessa sociedade restariam alguns sábios que saberiam conviver com esse estado de maneira saudáveis, um deles Marx. E aí, você vai exercer ou não a sua autonomia do seu pensamento reflexivo?

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